Estudo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), apurou a retomada do mercado de máquinas agrícolas automotrizes no primeiro semestre de 2017, após três anos de diminuição na produção e nas vendas.
De acordo com o estudo, após se aproximar da marca de 100 mil máquinas produzidas e vendidas em 2013, o desempenho do setor teve queda a partir de 2015, reduzindo-se a quase metade do que o segmento já chegou a representar. No entanto, de acordo com o estudo do IEA, no primeiro semestre de 2017, foram fabricadas 28.795 máquinas, representando um aumento de 40% na produção nacional em relação a 2016. As vendas aumentaram 24,4%, com crescimento de 21,7% na comercialização para o mercado interno e de 35% nas exportações.
A maior expansão da produção ocorreu nos tratores de rodas e colheitadeiras que apresentaram um salto de 45,5% e 57,3%, respectivamente, em relação à produção no primeiro semestre de 2016.
“A reação das vendas no mercado interno tem motivado a retomada da capacidade produtiva, uma vez que, apenas no primeiro semestre de 2017, foram comercializados 18.113 tratores de rodas, uma expansão de 26,4% frente a igual período do ano anterior, e de 1.917 colheitadeiras, que teve aumento de 14,2%”, explicou o diretor do IEA, Celso Luís Rodrigues Vegro, autor do estudo.
Sinalizando um forte aumento dos negócios com o exterior, 472 colheitadeiras foram vendidas a outros países, representando incremento de 131,4% na atividade devido ao comércio dessa modalidade de máquina.
De acordo com Vegro, o mercado de máquinas agrícolas automotrizes apresenta sazonalidade, com a expectativa de que haja maiores vendas no segundo semestre do ano. “Espera-se que os próximos meses de 2017 mantenham essa tipicidade com incremento das vendas, especialmente, do principal item desse mercado que são os tratores de rodas”, explicou o diretor do IEA.