Romi desenvolve manufatura híbrida que inova o conhecido centro de usinagem
O ROMI DCM 620-5X Hybrid combina as operações de usinarem tradicional e manufatura aditiva (impressão 3D metálica). Quando há necessidade, é possível adicionar materiais metálicos em perfis complexos e recompor, modificar e posteriormente usinar novamente, se for o caso.
Apresentado pela primeira vez durante a Expomafe 2017, em maio, o ROMI DCM 620-5X Hybrid é uma recém-nascido que surpreende e encanta. “O mercado brasileiro ainda não conhecia esse processo, a que nós chamamos de manufatura híbrida”, conta Douglas Pedro de Alcântara, gerente de Engenharia de Produtos da Romi. O target inicial é o segmento das ferramentarias e o segundo, de óleo e gás. “As peças para perfuração e produção de petróleo precisam de adição de material específico em algumas partes”, explica o gerente. “No futuro, outros mercados estão no nosso radar: aeronáutica, médica e alimentícia”.
Desde sua concepção até a sua exposição na feira, o projeto do ROMI DCM 620-5X Hybrid levou tempo recorde, aproximadamente um ano para ser concretizado. “Nossa intenção era mostrar aos visitantes o processo de adição metálica com o processo de usinagem”, recorda Alcântara. Para atingirem a meta, pelo menos sete projetistas trabalharam no Projeto, todos ao mesmo tempo, em aproximadamente 7000 horas.
“Apresentamos para nossos clientes, e em primeira mão para o Brasil, o que há de mais atual na indústria de máquinas, a manufatura híbrida. Esta solução pode ser aplicada nos mais diversos setores, proporcionando flexibilidade desde o projeto até a fabricação de peças, com excelentes vantagens competitivas para a indústria”, afirma Luiz Cassiano Rando Rosolen, Diretor- Presidente da Romi.
Vantagens acopladas
Empresas que contam com uma 5 eixos no chão de fábrica conhecem bem os benefícios em aspectos importantes do processo. Usinagem de peças com geometrias simples e complexas num único setup, reduzindo acentuadamente o tempo de usinagem; maior eficiência, precisão e produtividade, e redução de custos são alguns deles. Todas as vantagens que essa máquina por si só já oferece aumentam com a função da manufatura aditiva:
• Economia de materiais de custo elevado. “Você pode adicionar esse material em locais gastos pelo uso, sem a necessidade de fazer um substrato novo”, diz o gerente.
• Menor risco de trincas, pela baixa transmissão de temperatura para o molde: após o reparo, faz-se a usinagem logo em seguida, mesmo em perfis complexos.
• Maior durabilidade da peça e, consequentemente, maior eficiência com menor custo: ao adicionar materiais de maior resistência nas regiões de grande desgaste, como no caso de ferramentas de estampo.
• O laser que executa a fusão do material em pó também pode realizar operações de gravação.
• O sistema de refrigeração do cabeçote minimiza possíveis distorções térmicas da carcaça, e assegura o perfeito alinhamento da linha de centro do eixo-árvore nas operações de usinarem que requerem alta precisão de posicionamento do eixo Z.
PARA QUEM?
É uma máquina para qualquer tipo de usuário — quem produz moldes ou repara moldes; quem faz peças especiais; laboratório de pesquisa; universidades; indústrias que trabalham com máquinas complexas etc. “Ou seja, o ROMI DCM 620-5X Hybrid está alinhada com a ideia de otimização da indústria 4.0″, diz Alcântara.
“Inclusive, depois da demonstração na Expomafe, já começamos a atuar em diversas solicitações de clientes, executando testes e análises de processo, para apresentarmos soluções com o ROMI DCM 620-5X”, completa ele.
O ROMI DCM 620-5X Hybrid tem capacidade para fazer peças de até 300 kg. “No entanto, a tecnologia que está sendo desenvolvida visa que a deposição aditiva mais usinagem possam ser aplicadas em qualquer uma das nossas máquinas”, explica.