Volkswagen quer dobrar produção no Brasil até 2020
A Volkswagen do Brasil pretende dobrar a produção de automóveis no País até 2020, chegando a 800 mil unidades. No ano passado, a montadora produziu 324,8 mil unidades, cerca de um terço do volume registrado em 2010, recorde da empresa, quando 1 milhão de unidades deixaram as linhas de montagem de suas fábricas brasileiras.
A informação foi dada pelo novo presidente e CEO da Volkswagen da América do Sul e Brasil, Pablo Di Si, durante o lançamento do Virtus, modelo que será produzido em São Bernardo do Campo (SP), a partir de janeiro de 2018. O executivo afirmou ainda que até 2020 a montadora pretende recuperar a liderança do mercado nacional ou, pelo menos, estar entre os primeiros, com participação de 16% ou 17% – no ano passado, ante 11% em 2016.
“A indústria começa a dar sinais de crescimento dia após dia. Por isso, a Volkswagen vem investindo forte na ofensiva de lançar 20 modelos até 2020 (incluindo o Novo Polo e o recém-lançado Virtus)”, observou Pablo Di Si. O executivo disse esperar que o mercado nacional chegue a 2,5 milhões de unidades no próximo ano, o que representará crescimento de 16% em relação ao projetado para 2017.
13 NOVOS MODELOS ATÉ 2020 – As metas divulgadas por Pablo di Si, de certa forma, complementam as informações dadas por Herbert Diess, CEO global da marca, que esteve no Brasil na semana anterior. Em visita à fábrica de São Bernardo, Diess lembrou que o plano de investimento da VW Brasil é de R$ 7 bilhões até 2020. Recursos que, segundo o executivo, serão aplicados principalmente no desenvolvimento e lançamento de 20 novos produtos, dos quais 13 serão produzidos no País.
De acordo com Diess, os novos produtos da Volkswagen no Brasil são parte da maior ofensiva de produtos da marca em âmbito global e começou com o lançamento do Novo Polo. O segundo modelo desta ofensiva é o sedã Virtus, revelado na última quinta-feira (16/11). Além de Polo e Virtus, a marca terá também uma picape e um SUV produzidos no Brasil sob a Estratégia Modular MQB. Para a montadora, a renovação do portfólio de produtos no Brasil é “absolutamente essencial”.
O executivo disse que a confiança da Volkswagen na Região América do Sul deve-se à perspectiva de recuperação do mercado brasileiro, combinada com o crescimento contínuo na Argentina e em outros mercados da América Latina.
De outro parte, lembrou que o grupo alemão adotou a estratégia de regionalização para reposicionar o negócio nos mercados em todo o mundo. A Volkswagen está transferindo às regiões as responsabilidades que anteriormente eram centralizadas em Wolfsburg, na Alemanha, incluindo as decisões sobre portfólio de produtos.
Esta estratégia, segundo a montadora, seria um dos responsáveis pelo fato de as vendas da Volkswagen na região terem crescido 27% no acumulado de janeiro a outubro de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. E as exportações da marca a partir do Brasil aumentaram 69%, na mesma base de comparação.
ARGENTINA – Antes, no dia 10 de novembro, em sua passagem pela Argentina, Herbert Diess anunciou que a empresa planeja investir cerca de US$ 650 milhões na produção de um novo SUV na unidade de Pacheco e na modernização e infraestrutura das fábricas no país vizinho, na nova plataforma global MQB e em uma nova pintura em Pacheco. A plataforma MQB permitirá a produção de um SUV argentino para toda a América do Sul.
Fonte: Usinagem Brasil