Ter a fábrica cheia nem sempre é um bom sinal – Muito pelo contrário!
Você já se perguntou…
POR QUE UMA PEÇA, CUJO O PROCESSO DE FABRICAÇÃO É DE 24 HORAS (SUPONDO 3 TURNOS), DEMORA CERCA DE 30 DIAS PARA SER ENTREGUE AO SEU CLIENTE?
Estudos avaliaram diversos fabricantes de componentes de máquinas que apontaram que um produto fica de 85% a 96% do tempo parado em filas e apenas o restante em processo.
Se você reduzisse este prazo de entrega de 30 para 5 dias, imagine o impacto em termos de fluxo de caixa, investimento em material, disponibilidade da fábrica e satisfação do seu cliente… Para conquistar estes números, não é preciso mexer em máquinas e nem em processos. Perceba que conseguimos ótimos resultados reduzindo apenas um dos grandes desperdícios, que afeta principalmente empresas que produzem itens diferentes o tempo todo, ou seja, para cada cliente, praticamente um item totalmente diferente.
OLHANDO PARA O PRODUTO…
Antes de nos aprofundarmos é preciso entender alguns conceitos. O tempo decorrente da aprovação do pedido até a entrega do produto acabado é chamado de lead time, que é um dos principais pilares de Lean Manufacturing (produção enxuta). O Lead time de produção ou tempo de atravessamento total é o tempo de todo o percurso da peça durante a fabricação. Quanto maior o lead time, menos eficiente este ciclo é, por isso é importante identificar gargalos para otimizá-los. Mas focamos tanto nos processos que esquecemos de olhar onde as peças passam mais tempo: Na fila de espera entre os processos!
Esses materiais que ficam entre os processos são chamados de WIP- Work in Process e o grande objetivo é diminuir o WIP, ou seja, diminuir os materiais entre os processos para que não formem filas!
As filas são atividades que não agregam valor e representam grande parte do tempo do processo, logo, o objetivo é olhar para o produto e reduzir essas filas.
PRODUTO – INIMIGOS OCULTOS
Começar a produzir um produto que está fadado a ficar parado entre processos gera inúmeros impactos que muitas vezes não percebemos ou não mensuramos.
- Gastos desnecessários
Um item parado na fila que não será faturado tão cedo gera gastos desnecessários com matéria-prima, tempo que poderia estar sendo utilizado com a fabricação de outros itens e principalmente com o processo (custo-hora dos funcionários, insumos, energia e etc.).
- Fábrica cheia, mas com fluxo de caixa abaixo do ideal
Com tanto dinheiro investido antes da real necessidade, o capital gasto poderia estar no caixa ou utilizado de outra maneira. Logo, um chão de fábrica cheio de itens entre processos dá a falsa impressão de lucro, mas na verdade é exatamente o contrário, há muito dinheiro desperdiçado em processos que não darão retorno ao caixa tão cedo.
- Recursos comprometidos – Disponibilidade
Outra consequência é a utilização desnecessária de recursos em peças que ficarão paradas. Este é mais um contrassenso, pois é comum tentar “adiantar” algum processo, pois o mesmo terá que ser feito de qualquer jeito. Porém, esta antecipação ocupa o lugar de ordens de produção/serviço com processos mais rápidos que poderiam ser faturados antes (como já foi demonstrado na lei de little).
COMO REDUZIR O MATERIAL EM PROCESSO (WIP)?
Delimitando a quantidade máxima de itens na fila de cada máquina/recurso e implementando a produção puxada, onde o recurso (ou máquina) autoriza o recurso anterior a produzir somente quando há disponibilidade, cria-se um fluxo linear e ágil. Impedindo excesso de materiais parados, gastos desnecessários, desperdício com recursos e disponibilidade.
Usando uma analogia para simplificar, é o mesmo que imaginar as filas no caixa de um banco em dias de pagamento. Ficamos muito mais tempo aguardando (fila) do que efetivamente sendo atendidos (processo). Se os atendimentos fossem agendados de acordo com a capacidade dos caixas, teríamos filas muito menores e só entraríamos no banco quando efetivamente fossemos atendidos. Assista o vídeo explicativo de como reduzir prazo de entrega.
Além de um lead time melhor, é possível ter previsibilidade de entrega, pois mantendo o material em processo (WIP – Work in process) constante e as filas controladas, os tempos de atravessamento ganha um ritmo constante, garantindo previsibilidade e confiança no prazo de entrega, que atualmente se torna também um grande diferencial competitivo.
Pensando nessas e muitas outras dificuldades encontradas na indústria, a GRV Software desenvolveu o GRV DDO (Distribuição Dinâmica de Operações), um sistema de inteligência artificial que funciona como um PCP inteligente, programando e distribuindo as operações por toda a fábrica sem interferência humana, sendo capaz de gerenciar filas, ordens de produção, prioridades, datas para compra de materiais etc. Caso queira conhecer mais, entre em contato com a GRV Software
Bom proveito!
Valdecir de Oliveira Pereira