Produção brasileira de aço bruto cresceu 2,2% em março

A produção brasileira de aço bruto em março de 2012 foi de 3,1 milhões de toneladas, representando aumento de 2,2% quando comparada com o mesmo mês em 2011. Em relação aos laminados, a produção de março, de 2,4 milhões de toneladas, apresentou crescimento de 3,4% quando comparada com março do ano passado. Com esses resultados, a produção acumulada em 2012 totalizou 8,7 milhões de toneladas de aço bruto e 6,5 milhões de toneladas de laminados, o que significa aumento de 2,4% e de 3,0%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2011.

Quanto às vendas internas, o resultado de março de 2012 foi de 1,9 milhão de toneladas de produtos, aumento de 1,5% em relação a março de 2011. As vendas acumuladas em 2012, de 5,3 milhões de toneladas, mostraram crescimento de 1,3% com relação ao mesmo período do ano anterior.

As exportações de produtos siderúrgicos, em março de 2012, atingiram 749 mil toneladas e o valor de 528 milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2012 totalizaram 2,6 milhões de toneladas e 1,8 bilhão de dólares, representando declínio de 8,4% em volume e de 8,9% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior.

No que se refere às importações, registrou-se em março volume de 338 mil toneladas (US$ 398 milhões) totalizando 996 mil toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, 15,0% acima do mesmo período do ano anterior.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos, em março, foi de 2,4 milhões de toneladas, totalizando 6,4 milhões de toneladas em 2012. Esses valores representaram crescimento de 8,7% e de 4,8%, respectivamente, em relação a igual período do ano anterior.

Fonte: Assessoria de Imprensa Instituto Aço Brasil

 

Grupo Automotion traz grandes lançamentos para a Feira da Mecânica 2012

O Grupo Automotion composto pelas empresas Automotion, Neugart do Brasil e RDrive traz grandes lançamentos para a Feira da Mecânica 2012. Alguns destaques:

Atuadores eletromecânicos lineares e rotativos Exlar. Esse produto oferece durabilidade muito alta, baixíssima manutenção e eficiência acima de 90%.

Freio Topstop Mayr para eixos verticais. Compatível com grande número de servo motores/interfaces utilizados no mercado é de fácil aplicação para retrofit de sistemas antigos.

Mitsubishi CNC M700V/M70VCNC especialmente desenvolvido para Máquinas de Alta Velocidade.

Portifólio empresa Automotion

– Mitsubishi: CLPs, Motion Control, IHMs, Inversores de Frequência,servo motores e servo drives , CNCs linhas M700V/ M70V.
– Mayr: Limitadores de torque, acoplamentos, freios de segurança e embreagens eletromagnéticas.
– Exlar: Atuadores eletromecânicos lineares e rotativos.
– RTA: Motores de passo bipolares e drives.
– Linmot: Motores lineares, guias lineares, servo controladores lineares.
– Stöber: Redutores planetários para altos torques.

Portifólio empresa RDrive

– Produtos RDrive: acionamentos inteligentes, IHMs, motores brushless e controlador programável.

Portifólio empresa Neugart

– Neugart: Redutores planetários, redutores especiais.
– Atlanta: Cremalheira e pinhão, redutores rosca sem fim.

Os visitantes poderão obter informações completas também sobre os serviços pós vendas oferecidos que atendem a todas as linhas de produtos comercializados: manutenção e reparos, assistência técnica 24 horas, treinamentos exclusivos e um grande estoque de produtos, inclusive de peças de reposição, para atendimento rápido das necessidades dos clientes.

Clique aqui para mais informações sobre a feira

Grainger compra a AnFreixo, do Grupo Votorantim

W.W. Grainger, empresa de produtos de MRO (manutenção, reparo e operação) da América do Norte e que atua em 157 países, anunciou a aquisição de 100% das ações da AnFreixo S.A.

Empresa brasileira no segmento de distribuição de produtos de MRO, com vendas de cerca de US$ 37 milhões em 2011, a AnFreixo era uma subsidiária do Grupo Votorantim, um dos maiores conglomerados industriais da América Latina. Os termos da negociação não foram divulgados. A companhia agora passa a operar sob o nome Grainger.

A aquisição da AnFreixo propiciará à Grainger uma base importante para iniciar suas operações no Brasil, o maior mercado de MRO da América Latina.

Com seu centro de distribuição e equipe de vendas em São Paulo, a AnFreixo atende hoje mais de 2.000 clientes. Atualmente, parcela significativa das suas vendas destina-se às empresas que integram a Votorantim Industrial – controladora até agora da AnFreixo. Como parte da transação, a Grainger anunciou que firmou um acordo de fornecimento de longo prazo em que o Grupo Votorantim continuará a comprar produtos de MRO da AnFreixo.

A aquisição da AnFreixo é uma boa alternativa para a Grainger, inclusive em função da semelhança de suas culturas empresariais. A companhia vai aproveitar os sistemas de qualidade, processos e equipe da Anfreixo e adicionar a experiência em cadeia de suprimentos, oferta de produtos e compromisso com o serviço ao cliente característicos da Grainger.

Esta aquisição se insere no movimento de expansão internacional da Grainger, o qual incluiu recentes investimentos na América Latina. A empresa já tem operações na Colômbia, Costa Rica, México, Panamá, Porto Rico, República Dominicana, e Trinidad e Tobago, além de ter servido empresas em toda a região por mais de 20 anos através de seus negócios de exportação, que incluem representantes no Brasil, Chile, El Salvador, Peru e Venezuela.

Grupo Automotion traz grandes lançamentos para a Feira da Mecânica 2012

O Grupo Automotion composto pelas empresas Automotion, Neugart do Brasil e RDrive traz grandes lançamentos para a Feira da Mecânica 2012. Alguns destaques:

 

Atuadores eletromecânicos lineares e rotativos Exlar. Esse produto oferece durabilidade muito alta, baixíssima manutenção e eficiência acima de 90%.

 

Freio Topstop Mayr para eixos verticais. Compatível com grande número de servo motores/interfaces utilizados no mercado é de fácil aplicação para retrofit de sistemas antigos.

 

Mitsubishi CNC M700V/M70VCNC especialmente desenvolvido para Máquinas de Alta Velocidade.

 

Portifólio empresa Automotion

– Mitsubishi: CLPs, Motion Control, IHMs, Inversores de Frequência,servo motores e servo drives , CNCs linhas M700V/ M70V.
– Mayr: Limitadores de torque, acoplamentos, freios de segurança e embreagens eletromagnéticas.
– Exlar: Atuadores eletromecânicos lineares e rotativos.
– RTA: Motores de passo bipolares e drives.
– Linmot: Motores lineares, guias lineares, servo controladores lineares.
– Stöber: Redutores planetários para altos torques.

 

Portifólio empresa RDrive

– Produtos RDrive: acionamentos inteligentes, IHMs, motores brushless e controlador programável.

 

Portifólio empresa Neugart

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Os visitantes poderão obter informações completas também sobre os serviços pós vendas oferecidos que atendem a todas as linhas de produtos comercializados: manutenção e reparos, assistência técnica 24 horas, treinamentos exclusivos e um grande estoque de produtos, inclusive de peças de reposição, para atendimento rápido das necessidades dos clientes.

 

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Grainger compra a AnFreixo, do Grupo Votorantim

W.W. Grainger, empresa de produtos de MRO (manutenção, reparo e operação) da América do Norte e que atua em 157 países, anunciou a aquisição de 100% das ações da AnFreixo S.A.

 

Empresa brasileira no segmento de distribuição de produtos de MRO, com vendas de cerca de US$ 37 milhões em 2011, a AnFreixo era uma subsidiária do Grupo Votorantim, um dos maiores conglomerados industriais da América Latina. Os termos da negociação não foram divulgados. A companhia agora passa a operar sob o nome Grainger.

 

A aquisição da AnFreixo propiciará à Grainger uma base importante para iniciar suas operações no Brasil, o maior mercado de MRO da América Latina.

 

Com seu centro de distribuição e equipe de vendas em São Paulo, a AnFreixo atende hoje mais de 2.000 clientes. Atualmente, parcela significativa das suas vendas destina-se às empresas que integram a Votorantim Industrial – controladora até agora da AnFreixo. Como parte da transação, a Grainger anunciou que firmou um acordo de fornecimento de longo prazo em que o Grupo Votorantim continuará a comprar produtos de MRO da AnFreixo.

 

A aquisição da AnFreixo é uma boa alternativa para a Grainger, inclusive em função da semelhança de suas culturas empresariais. A companhia vai aproveitar os sistemas de qualidade, processos e equipe da Anfreixo e adicionar a experiência em cadeia de suprimentos, oferta de produtos e compromisso com o serviço ao cliente característicos da Grainger.

 

Esta aquisição se insere no movimento de expansão internacional da Grainger, o qual incluiu recentes investimentos na América Latina. A empresa já tem operações na Colômbia, Costa Rica, México, Panamá, Porto Rico, República Dominicana, e Trinidad e Tobago, além de ter servido empresas em toda a região por mais de 20 anos através de seus negócios de exportação, que incluem representantes no Brasil, Chile, El Salvador, Peru e Venezuela.

 

Fonte: IPESI

 

 

"GRV promoveu workshop sobre inovação na produção sob projetos" em São José dos Campos – SP

 

Workshop realizado em 12/04/2012 na cidade de São José dos Campos, o evento foi palestrado por Willian Davi Guimarães.
O conteúdo abordado foi: “Como aumentar a competitividade olhando os indicadores de custos e o planejamento da produção utilizando software especialista”.

 

A GRV Software, promove encontros para apresentar as práticas mais utilizadas na gestão da empresa que tenha sua produção baseada sob projeto/encomenda, mostrando os caminhos de como inovar no atual cenário de mercado O workshop é oferecido gratuitamente pela empresa, as informações sobre novos eventos são disponibilizadas no campo “eventos” do site da GRV SOFTWARE.
Segue abaixo fotos do evento :

 

Indústria vai investir 11% menos em máquinas e 28% mais em inovação

A desaceleração do mercado internacional, a alta competição com o importado e menor crescimento da economia brasileira contribuíram para frear ainda mais a intenção de investimento da indústria de transformação. Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que o setor deve investir este ano R$ 171,1 bilhões, o que significa redução de 3,4% em relação a 2011, quando os investimentos já caíram 2,5% em relação a 2012.

 

Realizada com 1.200 empresas que possuem operações em todo o país, o levantamento revela que aquisição de máquinas, equipamentos e aplicação de recursos em instalações perdem espaço no destino dos investimentos. Essas aplicações, segundo a pesquisa, devem chegar a R$ 105,3 bilhões em 2012, com retração de 11% em relação ao aplicado no ano passado.

 

Com a redução, a aplicação de recursos em capital fixo pelas indústrias deve recuar de 67% do investimento em 2011 para 61% este ano. Em contrapartida, a indústria pretende elevar os investimentos em inovação e pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 28% e 8,4%, respectivamente.

 

José Ricardo Roriz Coelho, diretor de competitividade da Fiesp, diz que isso significa que a indústria não pretende aumentar a capacidade de produção em 2012. A intenção de investir mais em inovação e P&D, afirma Coelho, demonstra que a indústria tem se esforçado para obter melhorias nos produtos e processos para concorrer com os produtos estrangeiros.

 

Das empresas pesquisadas, 58% apontaram a redução de custos como um dos objetivos do investimento. A elevação da eficiência produtiva é a segunda preocupação mais representativa, com 53% das empresas. A intenção de expandir a capacidade de produção foi relatada por 41% das indústrias. A fatia de empresas que não deve fazer investimentos este ano aumentou para 32,4% – eram 24,6% em 2011. O investimento estimado para este ano deve chegar a 7,4% do faturamento – abaixo dos 7,9% do ano passado.

 

A queda do investimento da indústria de transformação, diz Roriz, deve contribuir de forma negativa para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em 2012. “Da mesma forma que o ano passado, esse investimento total do país deve ser sustentado por setores como o de petróleo e gás, extração mineral, construção civil e infraestrutura, em razão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de obras da Copa e dos Jogos Olímpicos.” Segundo estimativa da Fiesp, o investimento fixo total do país deve cair de 19,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para 19,2% neste ano.

 

Para Roriz, a retração no investimento da indústria de transformação em capital fixo tem impacto a curto e longo prazo. Uma aplicação menor em máquinas, equipamentos e instalações, explica, deixa de contribuir para a expansão de demanda, em função do elevado encadeamento setorial proporcionado pelo setor de bens de capital. A longo prazo o efeito é na oferta futura. “Sem investimento hoje, a indústria não terá capacidade de produção e escala suficiente para uma expansão econômica, o que pode resultar em inflação”, diz.

 

Roriz lembra que os investimentos da indústria, seja em bens de capital ou em inovação e P&D, são ainda viabilizados, na maior parte, com recursos próprios. Em 2011, segundo a pesquisa, 68,8% do investimento do setor foi realizado com capital próprio. Em 2012, essa fatia deve cair para 64,3%.

 

Como a principal fonte de recursos para investimento é o capital próprio, as empresas tendem a elevar os investimentos conforme os lucros aumentam. “A menor rentabilidade do setor, porém, tem provocado menor nível de investimento, o que compromete a capacidade de oferta e a rentabilidade futuras.” Segundo Roriz, a indústria precisa de uma política industrial mais ampla, além de taxas de juros menores.

 

Para Paulo Skaf, presidente da Fiesp, o resultado da pesquisa é mais uma das evidências de um processo de desindustrialização. “Em 1985, a indústria de transformação representava 27% do PIB. Hoje, menos de 15%. Com a taxa de câmbio, os juros, os tributos, o custo de energia, a burocracia e os incentivos dados por alguns Estados aos importados, ficou mais barato produzir na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia e nos países vizinhos.”

 

Skaf diz que o resultado é a menor competitividade brasileira e o desvio de empregos de brasileiros para outros países. “Os impostos que poderiam ser recolhidos aqui também serão pagos em outros lugares.”

 

 

Fonte: Valor Econômico

 

Setor de máquinas e equipamentos entra com pedido contra a China

O setor de máquinas e equipamentos deu entrada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com três pedidos de adoção de salvaguardas contra a China. Os fabricantes de chaves de fenda, guindastes e válvulas borboleta questionam o preço praticado pelos chineses no Brasil.

 

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entidade que deu entrada com os pedidos na semana passada, aguarda agora um parecer do ministério sobre os pedidos. As solicitações estão em fase de análise prévia. Se aprovados, será a primeira vez que o Brasil adotará salvaguardas contra a China no setor. No curto prazo, a Abimaq promete ingressar com mais 17 pedidos de salvaguardas contra o país asiático.

 

“Não tem mais como esperar, a diferença de preço praticado pela China com o que a gente exporta, e com o resto do mundo é um absurdo. Está chegando máquina a US$ 5, US$ 6 o quilo. O que a gente quer é isonomia, é igualdade”, disse o presidente da Abimaq, Luiz Albert Neto.

 

Além dos pedidos de salvaguardas, o setor está aguardando o aval do Ministério do Trabalho e Emprego para que as importações de máquinas passem também a ter de respeitar as normas de segurança exigidas das fabricantes brasileiras. A intenção é tornar mais difícil as importações de máquinas da China.

 

“As fabricantes de prensa nacional, por exemplo, têm de seguir uma norma de segurança, com uso de laser[para evitar acidentes]. A máquina que vem da China, pergunta se tem? Estamos só esperando uma assinatura do Ministério do Trabalho para que todas as máquinas importadas tenham esse critério”, cobrou Albert.

 

O faturamento da indústria de bens de capital, no primeiro trimestre de 2011, atingiu R$ 18,3 bilhões, valor 4,6% superior ao registrado no mesmo período de 2010. No mês de março, o faturamento de R$ 7,2 bilhões foi 3,5% inferior ao atingido em março de 2010 e 25,2% acima do de fevereiro de 2011.

 

Em relação à balança comercial, no primeiro trimestre de 2011 o total de máquinas exportadas rendeu US$ 2,6 bilhões, um aumento de 35,5% em relação aos embarques dos três primeiros meses do ano passado. Porem, as importações do setor continuam superando as exportações. No primeiro trimestre do ano, as compras externas somaram US$ 6,7 bilhões, valor 32,6% maior que o registrados no mesmo período de 2010.

 

A China é o segundo país que mais exporta máquinas para o Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. No primeiro trimestre, foram importados do país asiático US$ 965,9 milhões, 53,5% a mais do negociado no mesmo período do ano passado.

 

 

Fonte: Agência Brasil

 

Novos colaboradores

No dia 1º de fevereiro a GRV deu um grande passo para as ações de 2011, com a contratação de mais 11 colaboradores, com isso, a empresa espera superar o crescimento dos últimos anos.

 

No ano em que completa 9 anos de vida,  a GRV promete muitas mudanças, tanto na melhoria do Software, quanto na sua estrutura, uma delas foi a contratação de colaboradores para a área de suporte técnico, desenvolvimento , consultoria e telemarketing.

 

Nas reuniões de planejamento para as ações de 2011, a diretoria almeja no ano de 2011 alcançar o melhor atendimento, tanto nas soluções de requisições e suporte aos clientes, quanto no seu pós atendimento.

 

O Sr. Gabriel Omizollo  – diretor de desenvolvimento da GRV Software  sabe que todo investimento vem para melhorar o atendimento e também proporcionar novos desafios no setor metal mecânico. “Esse é um ano em que podemos crescer muito” afirma o diretor.

 

Ser reconhecida como a melhor e ainda proporcionar o aumento da produtividade gerando lucratividade  e rentabilidade aos clientes é o grande propósito da empresa.

Cadeia de moldes reivindica ação do governo para evitar extinção.

“É preciso envolver governo, empresários (clientes e fornecedores) e trabalhadores com o objetivo de evitar a extinção do setor de moldes e ferramentas, que congrega aproximadamente 1.000 indústrias e emprega mais de 400 mil pessoas, direta e indiretamente”, alertou o diretor da Tribomat, Carlos Manoel Carvalho, na palestra de abertura do Moldes 2010 – 8º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes, que está sendo realizado na sede da ABM, em São Paulo.

 

O setor encontra-se ameaçado pelo aumento do prazo ao incentivo tributário na importação de autopeças e pela liberação da importação de moldes usados. De acordo com o executivo, enquanto a indústria automobilística bate recorde de vendas, a cadeia produtiva de ferramentas corre o risco de perder mais de 100 mil empregos, em função da legislação que beneficia principalmente montadoras de veículos.

 

“Os fabricantes externos esperam mandar para o Brasil moldes e ferramentas de carros que tenham sido substituídos por versões mais modernas, rebaixando o nosso País à categoria de mercado de demanda secundária”, salientou, destacando outro fato que amplia o descompasso entre cliente e fornecedor de ferramentas no País.

 

“Há uma ação coordenada das montadoras para trazer produtos da Ásia, considerando apenas o preço e isso se reforça com a estratégia global desse segmento de instalar suas fábricas em países onde é possível grande produção (capacidade para um milhão de toneladas), potencial de consumo e custo baixo de mão-de-obra”, disse o diretor.

 

Essa estratégia, salienta Carvalho, pode acabar excluindo o Brasil (como fabricante decarros) do novo mapa de poder da indústria automobilística. Isso se comprova com o estudo da PricewaterhouseCoopers sobre a competitividade da indústria nacional de veículos, encomendado pela Anfavea, que é taxativo ao afirmar que o País está perdendo investimentos no aumento de capacidade para os demais membros do Bric e para o México.

 

A razão é, principalmente, o custo de mão de obra. Enquanto no Brasil se paga US$ 7,31 a hora trabalhada para um operador, no México é de US$ 3,91; na Índia, US$ 1,6 e na China, US$ 0,81.

 

Ao final da palestra, Carvalho reafirmou que a solução para ajudar a indústria nacional é a intermediação do governo e reconheceu que há todo um esforço para fortalecer a indústria automotiva, mas não existem ações que garantam a sobrevivência da cadeia produtiva de moldes e ferramentas.

 

“As ferramentarias surgiram junto com a indústria automobilística, há 60 anos, para atender suas demandas e hoje agregam altos índices de inovação tecnológica e mão de obra altamente qualificada”, complementou Paulo Braga, diretor de Controladoria da Taurus Ferramentaria.

 

“Por que é possível importar peças, ferramentas e moldes de segunda mão para compor a linha de produção das montadoras, mas não é possível ao cidadão importar um carro usado?”, questionou ele.

 

Com relação à Portaria 84/10, Braga sugeriu revogar ou, no mínimo, permitir a consulta prévia do material que entrará no País, possibilitando a participação dos fabricantes nacionais, bem como criar um valor de referência para que a ferramenta entre em pé de igualdade no mercado interno, onde estão inseridos os valores sociais e econômicos.

 

“Fica difícil competir com quem não tem regras trabalhistas e sociais definidas, não existe sindicato de defesa dos direitos dos trabalhadores e onde o governo é tecnicamente socio das empresas”, ressaltou ele, referindo-se à China.

 

Carvalho sugere que, além de revogar a Portaria 84/10, o governo chame as partes (clientes e fornecedores de moldes) para conversar e conhecer suas principais queixas e dificuldades, e crie uma política industrial para o setor, com linhas de crédito especial que contemple o ferramental e o molde como bem de capital, podendo ser abatido no Imposto de Renda do comprador.

 

 

Avanços

Ao dar as boas-vindas aos participantes do Moldes 2010, o presidente da ABM, Karlheinz Pohlmann, elogiou a comissão organizadora que se mostrou antenada e programou o tema para discussão no evento.

 

“Infelizmente, este não é um dos melhores momentos para o segmento de moldes, entretanto, gostaria de lembrá-los que essas ameaças trazem em seu bojo uma excelente oportunidade para toda a cadeia se organizar e se fortalecer”, afirmou, lembrando que o setor já fez se representar junto ao governo buscando reverter as medidas danosas.

 

“Ações como essas são vitais, mas sozinhas elas não garantirão o futuro. Somente a competitividade de toda a cadeia poderá afastar realmente o fantasma da importação. É importante que vocês vislumbrem isso e direcionem seus esforços para aumentar a competitividade das empresas”, disse Pohlmann, colocando a ABM, enquanto associação técnica voltada para a difusão do conhecimento tecnológico, para ajudar o setor a construir essa competitividade e alcançar novos patamares.

 

Ele lembrou que o comprometimento para com o setor metalmecânico levou a Entidade a participar do Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva da Indústria de Transformação Plástica, coordenado pelo MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

 

“Nosso representante nesse Fórum é o Wagner Aneas, membro da comissão organizadora deste evento. Temos um canal de suma importância e um representante, mas é essencial que todo o setor colabore para que possamos contabilizar avanços”.

 

 

Fonte: ABM Brasil ( site)

Associações e parceiros